Open Banking: na imagem, mão de homem segurando ícones de interface

Open Banking: entenda o que é e como beneficia seu negócio

Você sabe o que é o sistema de banco aberto, mais conhecido como open banking? Essa iniciativa tem a premissa de permitir que o usuário compartilhe seus dados de forma prática, como e quando quiser.

Todo o histórico financeiro do cliente, por exemplo, poderá ser utilizado por ele para conseguir melhores oportunidades bancárias em diferentes instituições credenciadas pelo Banco Central, bem como movimentar suas contas por diferentes plataformas.

Se quer saber mais sobre o que é o open banking e como ele beneficia o seu negócio, continue neste artigo.

O que é open banking?

O open banking integra regras de tecnologia, que permitirá o compartilhamento de dados de usuários, sendo eles os responsáveis por como e quando isso irá ocorrer.

O consentimento do cliente é fator indispensável dessa nova forma de compartilhar dados. Isso significa que, quando ele autorizar, a empresa de origem deve, obrigatoriamente, ceder todo o histórico dele para outra instituição.

Esse serviço não é exclusividade do Brasil, ele foi idealizado e colocado em prática, pela primeira vez, no Reino Unido. O propósito é gerar competitividade no mercado financeiro, assegurando maior poder de escolha para o consumidor final.

Como funciona na prática?

O principal benefício do open banking é a autonomia garantida para os usuários, facilitando o relacionamento com novas instituições, diminuindo assim as burocracias. No dia a dia, você, cliente, define quando e com quem compartilhar os seus dados financeiros.

Todo o compartilhamento é realizado de forma digital e supervisionada pelo Banco Central — BC. Todas as ações realizadas pelo cliente, são respaldadas pela recente lei de proteção de dados, a LGPD.

É importante ressaltar que o compartilhamento é feito de forma prática e de qualquer lugar, bastando apenas o usuário escolher com qual instituição financeira deseja realizar a ação.

Quais dados serão compartilhados?

Na proposta de implementação do serviço de banco aberto, estão descritos os principais dados que serão compartilhados, são eles:

  • nome do cliente;
  • CPF ou CNPJ;
  • telefone;
  • endereço;
  • transações financeiras;
  • faturamento (em caso de empresas);
  • informações sobre empréstimos;
  • financiamentos.

Contudo, essa lista pode sofrer alterações que vão depender do perfil do cliente e das autorizações que ele ceder.

Qual o impacto do open banking no seu negócio?

Com a proposta de revolução, visando a independência do cliente, empresas que adotarem o open banking contarão com a opção de aderirem as melhores taxas do mercado.

Se antes as empresas possuíam o domínio do histórico de transações de uma pessoa, física ou jurídica, com a tecnologia proposta o cliente conseguirá negociar, de forma livre, com as instituições participantes.

Entre elas estão: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e até os novos bancos digitais, como: Nubank e Picpay, sendo nesse caso opcional.

Dentro os impactos positivos, está a otimização de processos, que economizam tempo e recursos de uma organização. O banco aberto visa democratizar o acesso a empréstimos e financiamentos, por exemplo, para que o cliente tenha o poder de aquisição em suas mãos.

Novas formas para alcançar possíveis clientes também irão surgir, como exemplo temos:

  • controle de compras e tarifas;
  • apps de planejamento financeiro;
  • pagamento através de mídias sociais;
  • marketplaces focados em créditos.

Quais serão as mudanças?

Atualmente as instituições bancárias conseguem reter seus clientes, seja pela segurança de um histórico financeiro ou pelo crédito fornecido para eles.

Com a implementação do banco aberto, o cliente terá o poder de escolha de produtos e serviços, se tornando assim o protagonista, tendo o banco que se adaptar e conquistar esse consumidor através de melhores condições.

Tendo a inovação como pilar principal, o mercado financeiro será revolucionado pelo open banking, já que exigirá que empresas mais tradicionais e até fintechs invistam em seus gargalos atuais.

A concorrência é outro ponto que ficará evidente com a prática do open banking, garantindo melhores preços e mais opções de produtos e serviços disponíveis.

Quais são as vantagens?

Esse novo tipo de controle das finanças tende a trazer vantagens para os consumidores que os utilizar, confira as principais:

  • Controle: como já citado, o cliente terá total controle de como, quando e com quem seus dados serão compartilhados, podendo esse processo ser interrompido a qualquer momento;
  • Privacidade: realizado em ambiente digital 100% seguro e controlado pelo BC, o compartilhamento só poderá ser concluído após o total consentimento do usuário;
  • Praticidade: as informações poderão ser compartilhadas de qualquer lugar e em qualquer horário;
  • Gratuidade: todo o compartilhamento deverá ser feito de forma gratuita, ou seja, o banco que está enviando os dados não poderá fazer qualquer tipo de cobrança.

Como funciona a implementação?

Como todo novo produto ou serviço, o open banking foi estruturado para ser inserido no mercado em quatro fases durante o ano de 2021, a fim de garantir um bom desempenho e adaptação dos usuários.

Fase 1

Ocorreu no primeiro bimestre de 2021, teve o intuito de compartilhar, de forma padronizada, as informações entre os canais de atendimento, relacionadas a produtos e serviços financeiros.

Essa fase será responsável pela geração, no primeiro semestre de 2021, de soluções inovadoras e, consequentemente, maiores possibilidades de comparação entre os produtos/serviços já consolidados no mercado, conduzindo o consumidor para uma escolha mais assertiva.

Fase 2

Programada para o mês de julho, nessa fase os consumidores poderão começar a compartilhar os seus dados, podendo escolher com quais instituições e para quais fins isso servirá.

Como impacto, essa etapa ocasionará no surgimento de novos produtos no mercado financeiro, sendo eles mais personalizados e acessíveis para os clientes.

Fase 3

Para o mês seguinte, agosto de 2021, a fase 3 concretiza a possibilidade de serviços como solicitação de crédito, propostas financeiras e pagamentos, fora das plataformas convencionais das instituições financeiras.

Aqui o destaque é para a autonomia do cliente, que poderá acessar e contratar opções de créditos, por exemplo, não só nas agências físicas ou pelo app do seu banco.

Fase 4

A quarta, e última fase de implementação, está prevista para a segunda semana de dezembro. Nela será trabalhada a expansão do open banking, a fim de encontrar outras opções de dados que podem entrar na rede de compartilhamento.

Nessa fase, os consumidores já estarão mais educados em relação ao sistema de banco aberto e poderão compartilhar com mais autoridade seus dados, gerando mais oportunidades e serviços de acordo com sua necessidade.

É seguro?

Todo o processo do sistema de banco aberto, será regulamentado e supervisionado pelo Banco Central. Todas as instituições participantes deverão seguir as regras determinadas, podendo sofrer punições severas caso sejam quebradas.

As punições podem variar de multas, exclusão do open banking e chegar até em decreto de falência e liquidação da instituição. Esse conjunto tende a fazer com que as empresas sigam as regulamentações à risca.

Conheça a IFinance

Agora que você já entendeu os principais pontos sobre o que é o open banking, é só se atentar às fases de implementação e acompanhar a evolução desse serviço. A IFinance tem conteúdos onde você encontra mais informações sobre o mundo financeiro.Se quer saber quais os principais indicadores para analisar a saúde financeira da sua franquia, leia este artigo e tenha domínio sobre as finanças do seu negócio.

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